segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Vagas esgotadas para as categorias sub 11 e sub 13

Atenção!!!

NÃO temos mais vagas nas equipes sub 11 e sub 13. OS TIMES ESTÃO COMPLETOS. Solicitamos aos interessados que aguardem o próximo semestre. Pedimos também aos pais, atletas e comissão técnica que não indiquem e nem levem mais atletas para essas categorias pois será impossível encaixar mais alguém. Grupos "inchados" não desenvolvem corretamente e fica impossível dar atenção e oportunidade à todos. Nosso tempo de escolinha à muito ficou para trás e hoje somos um TIME , que representa uma instituição com 114 anos de glórias.


Ainda restam poucas vagas nas equipes:



Sub 09



Sub 15 e



Sub 17

Obs.: Para as categorias sub 15 e 17 os candidatos já devem possuir todos os fundamentos do esporte.

Os interessados devem comparecer no próximo SÁBADO, às 12:00hs em nossa sede: Rua Jardel Jérculis, S/N Centro (Ao lado do Aeroporto Santos Dumont). Falar com Luiz Losada ou Bernardo.
 

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Promoção Campeonato Carioca - Participe

O Blog do C.R.Boqueirão do Passeio está sorteando uma bola oficial do Campeonato Estadual de Futebol do Rio de Janeiro.

Para concorrer, basta enviar um comentário para este post respondendo: quem será o vencedor da Taça Guanabara (Primeiro Turno do Campeonato Carioca de Futebol do Estado do Rio de Janeiro -2011).

Os acertadores concorrem no sorteio, que será realizado em nossa sede em 12/03/2011, às 12:00hs.

A bola nos foi ofertada pelo Sr. Fernando Magalhães, proprietário do Armazém do Senado, na Lapa, nosso patrocinador e um dos maiores incentivadores do projeto.

Regras do sorteio:

- Os concorrentes devem colocar na mensagem, além do nome do vencedor da Taça Guanabara 2011, o nome completo.

- Só será aceito um post por pessoa(vale sempre o primeiro enviado)

- Serão considerados posts recebidos até às 12:00hs do dia 25/02/2011.

- Qualquer pessoa poderá concorrer na promoção, independente de participar ou não das atividades do C.R.B.P.

- O prêmio ficará à disposição do vencedor por 30(trinta dias) à contar da data do sorteio, em nossa sede.

- Nenhum diretor ou membro das comissões técnicas do C.R.B.P. poderão participar da promoção.

- o Vencedor terá seu nome divulgado em todas as nossa mídias ( twitter, comunidade no Orkut e no Blog).

- Para retirar o prêmio, o vencedor deverá apresentar comprovante de identidade.

- Participe!!! Não custa nada e vale pela diversão.


Bola oficial do Cariocão.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

E começou mais um ano...

Na tarde de hoje, em nossa quadra, na Rua Jardel Jérculis s/n no Centro, nossos pequenos craques iniciaram a temporada 2011, enfrentando nossos amigos do Sparta-Providência em jogos amistosos.
As partidas serviram como ponto de partida para a nova temporada, onde esperamos alcançar o mesmo êxito do ano anterior. Pudemos ver as novas formações de cada categoria, e analisarmos os novos atletas e aqueles recém promovidos. Apesar do nervosismo da estreia por parte da alguns calouros, ficou a certeza que as equipes estão bastante fortes e no decorrer dos treinamentos e jogos preparatórios, o entrosamento e as jogadas sairão com mais facilidades, graças à boa técnica de nossos craques.
A rodada foi aberta pelo Mirim, na melhor partida do dia. Apesar de começar perdendo por 2x0, soube buscar o empate, com gols de Juninho e Marcos Paulo, este em jogada ensaiada já assimilada pelos atletas no primeiro amistoso do ano, fato que já mostra a qualidade de nossos atletas.  

Logo após, a vez do fraldinha, que mesmo contando com apenas 5 jogadores, sendo dois "chupetinhas" apresentaram um bom jogo e mesmo saindo derrotados por 6x3, saíram muito aplaudidos da quadra. Nossos gols foram anotados por Lucas, Pedro Henrique e Vinícius. Com destaque para o goleiro Pedrinho, de 7 anos, que evitou um placar mais amplo.

Nossa terceira equipe na quadra foi o pré mirim, que chegou à estar perdendo por 6x3 e com muita raça buscou o empate. Porém, em lances infelizes de nosso arqueiro Gabriel, levamos mais 2 gols no final e a derrota por 8x6 não foi um resultado dos mais justos. Nossos gols aconteceram através de Victor (3), Pedrinho, Enzo e Gabriel Santos.

Na última partida do dia, um jogo de muitos gols entre as equipes infantis. O resultado de 7x7, mostra que precisaremos trabalhar melhor a nossa defesa nos próximos treinamentos. O atleta Hugo, foi o destaque do jogo e da tarde, marcando por 5 vezes. Completaram Paulinho e Matheus.

Agradecimentos especial à todos o pais e responsáveis das das agremiações, que lotaram nosso ginásio e poiaram o tempo todo, com muita empolgação e sempre aplaudindo as belas jogadas de ambas as equipes mostrando mais uma vez que somos adversários somente dentro das quadras. Do lado de fora, como sempre, permanece o carinho e a amizade entre o Clube de Regatas Boqueirão do Passeio e o Sparta - Providência.


O fixo Hugo jogou bem como sempre e desta vez ainda marcou 5 gols.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

No ostracismo, sósia de Ronaldinho Gaúcho tenta retomar a carreira - Revelação do país em 2004, quando tinha 16 anos, Celsinho está sem jogar há sete meses e vive 'escondido' em Americana

Publicada em "O Lance de 28/01/2011, essa reportagem de Maurício Oliveira e Bruno Andrade, nos mostra de forma bem triste o que pode acontecer com um jovem atleta se este não tiver uma boa estrutura familiar por detráz. Por sorte, Celsinho ainda é jovem e pode dar a volta por cima se tiver força de vontade. Basta um pouco mais (MUITO MAIS) humildade, e entender que é ele quem está fazendo o seu destino.


Celsinho tenta retomar a carreira

Ele surgiu na Portuguesa, com 16 anos, como um desses fenômenos da natureza que acontecem a cada década. Em 2004, Celso Luís Honorato Júnior, o Celsinho, virou a maior revelação da Lusa desde o meia Zé Roberto. Moleque atrevido, habilidoso e de drible fácil, frequentava as seleções de base.
Mas não era só isso. Para aumentar a badalação em torno de si, Celsinho era sósia do craque que, naquele ano, foi eleito o melhor do mundo, Ronaldinho Gaúcho.
Hoje, quase sete anos depois, enquanto o Gaúcho começa a retomar a carreira brilhante no Flamengo, com salário de R$ 1,3 milhão e multa estipulada em R$ 400 milhões, Celsinho está sem jogar há sete meses e, com o contrato suspenso com o Sporting (POR), tenta encontrar o clube que o faça recuperar a forma física e técnica.
– Quero jogar seis meses aqui para ficar bem e voltar para o Sporting como eu estava em 2006, quando fui para o Lokomotiv (RUS). Se conseguir, chego lá e não saio mais – planeja ele, como se tentasse convencer a si mesmo de que este não será mais um dos planos que não deram certo.
O primeiro deles, admite, foi ter saído cedo demais do Brasil. Antes de completar 18 anos, foi para o clube russo por 6 milhões de euros (R$ 16,5 milhões na época). Não suportou o frio e o isolamento na Rússia.
O segundo – a transferência para o Sporting (POR) um ano e meio depois, o que atenuaria a má experiência em Moscou – também foi destruído. Desta vez, por causa das baladas, daquelas que fazem a maioria dos garotos de 19 anos perder o rumo...
– Exagerei! Foi um dos momentos mais perturbantes da minha vida – lamenta, ao lembrar que, no período, também foi emprestado ao Estrela da Amadora, pequeno clube da Segunda Divisão de Portugal.
Insatisfeito, sem jogar e muito acima do peso, bolou o terceiro plano: voltar para o Brasil para retomar a carreira e recuperar o tempo perdido. Para isso, suspendeu o contrato com o Sporting. Era segundo semestre de 2009. Teria dois anos livres.
Já no Brasil, negociou – e fez exames médicos em alguns eles – com Botafogo, Náutico, Sport, Atlético-PR... Nada deu certo. O seu destino foi a Portuguesa, clube no qual havia nascido. Em janeiro de 2010, assinou contrato de um ano e meio.
Estava em casa. Mas...
– Não deu certo como antes porque escolhi o clube errado. A Portuguesa tem um câncer – reclama Celsinho, acusando um repórter de uma rádio de São Paulo de persegui-lo.
O sósia de Ronaldinho Gaúcho, então, rescindiu o contrato em agosto do ano passado, um ano antes do previsto. E está sem jogar desde então. Agora, busca um clube para recuperá-lo em cinco meses. Espera que, desta vez, o plano dê certo.

Confira a entrevista completa com Celsinho:

LANCE! - Você acha que saiu cedo demais do Brasil?
Celsinho: Acho. Não só acho, como tenho certeza. Mas na época o poder financeiro falou mais alto. Recebi uma proposta dos russos, mas logo em seguida o Porto veio com uma melhor. Eu iria com Anderson (ex-Grêmio, hoje no Manchester United). Uma semana depois, os russos vieram e cobriram a proposta. O aspecto financeiro foi irresistível.

L! - Acha que sua carreira teria outro rumo no Porto?
Totalmente. Tive a felicidade de ir para Portugal, depois de dois anos, de sair da Rússia. Tanto o futebol quanto a adaptação teriam sido o oposto do que passei na Rússia.

L! - O que você passou?
É muito frio. O meu jogo de estreia foi um clássico contra o Spartak, com menos 30°C. Foi muito radical. Não havia tido contato com o frio. Fui para Moscou em dezembro, assinei o contrato e voltei para o Brasil, mas por três dias. Em janeiro, quando fui contratado realmente, para me apresentar, fui para a Espanha, para a pré-temporada. Depois, para Austrália, e estava calor. Só cheguei em Moscou três dias antes para ajeitar as coisas, para ver apartamento, e três dias depois já estava concentrado para jogar. Não tive período para adaptação ao frio.

L! - Foi sozinho para Moscou?
Fui com Josias (Cardoso) e (Jorge) Bressan. Mas quando fui para a Espanha, fui sozinho. Aí, depois foram meu tio e minha tia, e minha ex-esposa.

L! - Eles eram seus agentes?
Josias participou daquela negociação. Bressan foi a pessoa que me deu oportunidade de, com 15 anos, subir para a Portuguesa. É mais meu conselheiro do que meu empresário. Pergunto tudo para ele, o que passam para mim de proposta, passo para ele...

L! - E na negociação para Portugal?
Foi o Josias e o Paulo Barbosa. Josias participou porque tinha participado da primeira para o Lokomotiv.
No Sporting Lisboa, a segunda chance na Europa
L! - No Sporting você tinha...
18 para 19 anos. Cheguei com 16 no Lokomotiv e saí com 18.

L! - Em Portugal já não havia tanto frio...
É, mas a competitividade era um pouco maior. Você é valorizado mais quando está jogando. Mas se você não joga, a visibilidade é nula, ninguém lhe enxerga. Acho que a maior dificuldade foi essa, a competitividade. Mas era um pouco complicado. O treinador não gostava de brasileiros. Só quem jogavam eram Polga e Liedson. E, mesmo assim, só não saíam do time porque não tinha como tirá-los.

L! - O problema foi o técnico...
É o atual treinador da seleção portuguesa...

L! - A imprensa portuguesa, na época, disse que você era muito jovem e que a diretoria fez uma aposta para o futuro... Mas depois você foi para o Estrela da Amadora...
Isso. Joguei um pouco mais, mas o clube enfrentava muitos problemas financeiros. Só três jogadores recebiam regularmente: eu, Nuno (Coelho) e Varela. Eu, do Sporting, e os dois, do Porto. Então, era muito complicado. Não era o relacionamento que era ruim, mas como os três faziam parte do grupo, a intenção era nos emprestar para mostrarmos aquilo que não havíamos mostrado, e voltar na temporada seguinte. Mas não tinha como a gente deixar os meninos para trás. Então, se eles faziam uma greve, nós tínhamos de apoiar a greve. Se não entrassem em campo, não entrávamos. Isso tudo atrapalhou.

L! - E aí surgiu a possibilidade de você voltar para o Brasil. Por que, de novo, não deu certo?
Porque escolhi o clube errado, a Portuguesa.

L! - Você negociou com o Oeste, de Itápolis, também...
Não foi negociação. No fim do ano (2009), eu estava morando em um flat em frente ao Palestra Itália, e treinando em uma academia. E um amigo em comum me apresentou uma pessoa. Esta pessoa estava montando o time do Oeste. E o treinaor era Paulo Comelli, que havia sido meu primeiro técnico na Portuguesa. Paulo, depois, me ligou e disse: “Você está sem clube? Então, vem aqui para ajudar a gente”.

L! - Mas você não tinha contrato com o Sporting?
Não, meu contrato foi suspenso. Eu não recebo salário. Entrei em acordo com o Sporting porque queria voltar para o Brasil. E a pessoa (do Oeste) veio e fez o convite. Eu nunca falo “não” para clube algum. Eu tinha combinado com Paulo, disse que estava esperando outras possibilidades. Mas um diretor do Oeste comentou com alguém e vazou para a imprensa. Mas não houve negociação.

L! - E aí surgiu a Portuguesa.
É, mas, na verdade, eu já estava com um acordo firmado com o Atlético-PR. Mas, por uma outra obra do destino, passei no Canindé com Bressan porque ele ia resolver uns problemas de Bruno Recife e Ademir Sopa. Ele foi falar com o presidente e me chamou para cumprimentá-lo. Eu cumprimentei o presidentente e o (Luiz) Iaúca e naquela brincadeira ele disse: “Vem jogar com a gente!”. Eu falei: “Pô, presidente, com o maior prazer!” E ele levou a sério. No outro dia, ligou para Bressan, dizendo que eu tinha de me apresentar à Portuguesa em Mogi. E achei até melhor na hora.

L! - O que era melhor? Preterir o Atlético-PR, mesmo com a Portuguesa na Série B do Brasileiro?
Mesmo sabendo, optei por isso porque me sentiria mais à vontade. Porque tanto no ano passado quanto neste ano, o importante não era a visibilidade, era a oportunidade (de jogar). Já estou há um bom tempo sem atuar com regularidade. Precisava de uma sequência. E achei que ia acontecer isso.

L! - E por que não rolou?
Porque a Portuguesa tem um câncer. Enquanto não tirar isso, a Portuguesa não vai para a frente.

L! - Quem é o câncer?
É Alexandre Barros, repórter da Portuguesa. Só critica a Portuguesa. É o câncer, e acaba influenciando em muitas coisas. A partir do momento que começaram a acontecer coisas que não eram benéficas nem para mim nem para o grupo, pedi para sair. Pedi rescisão.

Nota da redação: Alexandre Barros, de 36 anos, é repórter da Rádio Tupi e também conselheiro do clube.

L! - Você rescindiu um contrato de 18 meses, com um ano de antecedência, por causa de um repórter?
Por causa das circunstâncias que o repórter causou, que me prejudicavam. Falava que Celsinho foi para a Portuguesa para não jogar, que levava outros para o mau caminho...

L! - Mau caminho era o quê? Noitadas?
Também. Então, essas coisas me prejudicaram a ponto de a Portuguesa viajar a Brasília para enfrentar o Brasiliense e levar um jogador da equipe júnior. E eu ser cortado. Aquilo foi demais para mim.

L! - Quem era o treinador?
Vadão.

L! - Foi decisão dele ou da diretoria?
Hoje, acho que foi do Vadão. Mas nada contra o menino que viajou. Era quase um irmão para mim. Muito bom jogador, mas não me vi naquela situação. E (Alexandre Barros) atacou outros jogadores, como Athirson... Começou a me prejudicar, pedi para ir embora. Não suporto esse tipo de coisa. Querendo ou não, ele influencia dentro da Portuguesa. Não é à toa que é o segundo ano que a Portuguesa termina em quinto lugar. Pode ser por causa dos jogadores, da diretoria? Não sei. Acho que 70% das coisas erradas que acontecem no clube são causadas por ele.

L! - Com relação às noitadas, li em sites portugueses que um de seus grandes problemas lá em Portugal foram com relação às baladas. Sua fama lá é de baladeiro.
Verídica, verdade. Foi um dos momentos mais perturbantes na minha carreira.

L! - Exagerou?
Exagerei.

L! - Mas chegava a treinar alcoolizado?
Não, nunca cheguei a treinar alcoolizado. Mas dormia menos. Meu rendimento caía... E como já não tinha confiança do treinador, quando o rendimento era abaixo do que eu vinha fazendo, para eles era o fim. Mas exagerei mesmo. Mais na época do Estrela da Amadora. Foi o... vamos dizer assim, fora do comum.

L! - Fora do comum como exatamente?
Exagerei muito. Nunca fui de sair, sempre fui de ir para a casa de uma pessoa, mas de balada mesmo, nunca. Mas nessa época tinha vez de eu sair três, quatro vezes por semana. O treino era as 9h e eu chegava às 4h da manhã. Eu durmo pra caramba.

L! - Experimentou drogas?
Não, nunca usei.

L! - Na Portuguesa, você teve problema de peso também. Porque em seis meses não entrou em forma?
Na verdade, não foram seis meses. Eu já vinha sem jogar em Portugal, desde setembro de 2008. Estava com 92 quilos. Tenho 1,74 metro. Minha taxa de gordura estava 23%, eu estava obeso. Cheguei na clínica do Nivaldo Baldo, baixei o peso, e quando comecei a entrar em contato com os clubes, de cara veio o Botafogo, no meio do campeonato (Brasileiro). Fui para o Rio e como estavam precisando do jogador para jogar imediatamente, eu não estava pronto. Mas também não foi por causa do peso, foi por outras coisas, problema de contrato. Só depois, no fim do ano, é que apareceu a Portuguesa. Cheguei lá com 79 quilos, com a taxa de gordura a 16%, bem melhor. Em três meses, fui de 79 para 76 e a taxa baixou para 13,8%. Quando vi, já estava com 74, um quilo abaixo do ideal.

L! - Mas você desaprendeu a jogar? Como não conseguiu jogar na Portuguesa, sua casa, então?
Ninguém desaprende a jogar. Mas ocorreram muitas situações. Cheguei com (Vagner) Benazzi, adquiri a confiança dele... E ele conversava muito, falava: “Esse jogo você vai jogar, esse não por causa disso e disso...”. Ele tinha diálogo, e eu fui me preparando. Na reta final do Paulista, eu estava jogando praticamente todas as partidas, e jogando bem. Mas, infelizmente, ele saiu da Portugueasa. Chegou Vadão, desestruturou tudo. Filosofia de trabalho nova, um (jogador) querendo mostrar mais do que o outro... A minha maneira de jogar era a mesma da época de Benazzi, mas para Vadão não era suficiente.

L! - Você está com 22 anos apenas. Acha que não tem mais de passar por isso? Não precisa ralar, competir...
Não, não. Adoro competição com jogador bom. Para mim, no futebol é o topo. mas as situações que estavam acontecendo, internas, para mim bastaram. Não aceitava por nada. O que fiz, o que passei na Rússia e em Portugal, com a experiência que eu tive, não ia ser na Portuguesa que eu ia passar. Por isso, achei melhor sair.

L! - E pintou alguma proposta nesses seis meses?
Já, mas não tenho nomes (pensativo)... Tem um nome: o Rio Branco, aqui de Americana. Bressan é o diretor. Mas eu disse para ele que estou esperando outras situações. Porque, em junho, tenho de voltar para Portugal. Teria só uns seis meses de contrato. E estava difícil de achar um clube que queira investir nesses seis meses. E o Sporting não abre mão. Diz que eu tenho de voltar.

L! - Você acha que dará certo ainda no Sporting?
Tenho certeza!

L! - Por que será diferente?
Porque hoje eu sou diferente. O meu foco é totalmente diferente. Não jogo futebol, para mim, jogo para o meu filho (Felipe Gabriel). No mês que vem, ele fará quatro anos. Agora, eu defendo a camisa do clube que eu estou vestindo com o máximo de vontade.

L! - Mas ele já era nascido quando você estava no Estrela da Amadora, época em que você exagerou...
Já era nascido.

L! - O que você tem feito em Americana?
Voltei para São Paulo porque treinava na (academia) Bio Ritmo. Aqui, treino na academia, mas já não é suficiente. Estava treinando sozinho, mas Bressan me apresentou o preparador físico do Rio Branco, Marcelo. E caso demore para acontecer uma negociação, vou treinar com Marcelo.

L! - Lá no Rio Branco?
É, Bressan já me pediu para ir treinar lá há um bom tempo, mas eu sou o tipo da pessoa que não gosta de misturar as coisas. Então, acabei não indo por causa disso. Mas os campeonatos estão começando e treinar sozinho é diferente. Caso precise, pretendo treinar com o grupo para não me apresentar tão mal.

L! - Sua carreira decolou pelo talento, mas também pela semelhança com Ronaldinho Gaúcho. Apesar da má fase no Barcelona e no Milan, Gaúcho foi alvo de um dos leilões mais caros da história do futebol brasileiro e fechou um contrato no qual receberá mais de R$ 1 milhão por mês e cuja multa vale R$ 400 milhões... Vendo todo esse noticiário, pensou que você podia estar em lugar diferente?
Sem dúvida! Profissionalmente, não dá para comparar (com Ronaldinho Gaúcho). Em 2005, eu pedia para ninguém esperar um futebol de Ronaldinho Gaúcho. Mas a semelhança física ajudou porque deu repercussão à minha carreira. E eu pensava a carreira com grandes objetivos. Mas até hoje meu nível de pensamento é alto. Graças a Deus, o que aconteceu comigo, aconteceu com 20 e 21 anos de idade. Dá tempo de rceuperar. Minha maneira de pensar e meu foco nunca mudaram, penso em grandes objetivos ainda.

L! - E essa geração nova que está surgindo, Neymar, Ganso, Lucas, Philipe Coutinho, Diego Maurício...
Se eu estou no nível? Sem dúvida! O que esses meninos estão passando hoje eu passei há cinco anos. Não é novidade alguma. A não ser Neymar, que está num nível elevado do futebol mundial, o que o resto da molecada vive hoje eu já vivi. Passei por todas as categorias de base da Seleção. Eu estou nesse nível.

L! - Às vezes, não pensa que jogou uma carreira muito promissora fora?
Penso, penso. Deveria ter esperado mais (para sair do Brasil). Às vezes, me arrependo de ter saído cedo, mas me deu essa experiência que tenho hoje. E não adianta reclamar, já aconteceu. Agora, é dar a volta por cima.

L! - E por que não volta agora para Portugal?
Não, não seria benéfico.

L! - Por quê?
Porque hoje o grupo do Sporting ainda está dividido entre as pessoas...

L! - Quem?
Simon (Vukcevic, meia montenegrino)... Várias pessoas, vários jogadores, coisas internas, de vestiário, ainda tem muita gente... Para você ter noção, o capitão do Sporting, João Moutinho, foi para o Porto. Por isso, preciso ter uma sequência boa antes de voltar.

L! - Mas no meio do ano eles vão continuar lá...
Provavelmente, mas quero chegar como cheguei na Rússia, com ritmo de jogo legal, para poder jogar. Se chegar em forma, não saio mais.

L! - E essas tatuagens? São quantas?
Os dois braços, uma na perna... Cinco no total.

L! - No braço são letras de rap?
Sim, dos Racionais e de outros. Tem muita gente que acha que é bobagem. Eu não acho. Em momentos de reflexões, é onde eu me apego.

L! - O rap, normalmente, fala de problemas sociais, de marginalizados... Esse mundo fez parte de sua infância em Americana?
Em sua melhor fase na carreira, pela Lusa - SP
Fez. Morei em um bairro, chamado Matiense (subúrbio da cidade). Era, não sei se ainda é, mas para mim nunca foi, um bairro “perigoso”. Isso para a população de Americana. Um bairro marginalizado mesmo. Continuo frequentando o bairro, sendo respeitado e respeitando as pessoas. E já revelou um monte de jogadores: eu, Diego Macedo, Tiago Campana... Todos saíram de lá. Saí do bairro com dez anos. Fui morar no alojamentos do Morumbi, com 12 anos, depois fui para Barueri com o São Paulo. Fiquei mais dois anos e meio e fui para a Portuguesa, com 14. No ano seguinte, com 15, fui para o profissional. E, mais um ano, fui vendido.


Entrevista com Oswaldo Alvarez, o Vadão

L! - Que análise você faz do Celsinho no período em que você o comandou na Portuguesa?
Na verdade, foi o Celsinho que pediu para sair. Vou dizer para você exatamente o que disse para ele. Porque ele deve estar magoado comigo. Ele pediu para ir embora porque o nome dele não estava na relação de um jogo. Levei um garoto, o Henrique. Celsinho era jogador para estar milionário porque, tecnicamente, é diferenciado. Mas precisa entender que, no futebol de hoje, tem de correr, se movimentar, marcar, ter velocidade...

L! - Ele estava muito mal fisicamente?
Quando chegamos na Portuguesa, vi o teste físico dele e falei: "Espera aí! Esse teste físico eu faço." E tive uma conversa séria com ele. A comissão técnica toda, o preparador, o fisiologista, a diretoria. Todos queríamos que ele arrebentasse porque tem uma condição técnica invejável. E ele tem só 22 anos. Mas parece que tem 35, 36, entendeu? Pela maneira como ele se desloca no campo. Chamei ele e falei: "Você vai passar sua vida inteira achando que está sendo injustiçado pelo treinador. Mas quem está fazendo a sua carreira é você". Por exemplo, nós tínhamos os testes físicos do (meia) Athirson. E o que Athirson corria e se movimentava em campo nos treinos e nos jogos era muito diferente. Celsinho com 22 anos e o Athirson (hoje, com 34 anos) parando de jogar...

L! - Ele ainda acredita que pode voltar a jogar o que jogava aos 18 anos...
Então, na hora que ele parar, se olhar no espelho e pensar: "O errado sou eu, vou zerar minha vida porque ainda tenho idade para isso", ele vai jogar em qualquer time do Brasil porque tem qualidade para isso. Tecnicamente, é acima da média. Enxerga o jogo como ninguém, bate muito bem na bola, mas precisa querer. Precisa falar: "Sou atleta, preciso de condição física para jogar". Ele precisa pegar na bola o jogo todo, porque, quando pega, ele desequilibra. Mas precisa querer isso.

L! - Ele faltou a treinos?
Não, nunca faltou. Comigo não aconteceu. Ele não teve problema de indisciplina. Mas depende de ele colocar na cabeça. Tem de estar voando. Com 22 anos, não pode querer jogar pelo atalho, cortar caminho. Tem de correr, lutar, cair pela beirada do campo... Ele tem de se ajudar.

L! - Ele diz que decidiu sair porque foi barrado no banco por um garoto dos juniores. Como aconteceu?
Ele ficou chateado porque não foi relacionado e pediu para sair. E não falei nada. No início, quando cheguei, disse que, se ele não melhorasse, eu pediria uma outra contratação porque não ia ficar na mão dele. E ele melhorou, treinou durante a Copa da África com os juniores, enquanto os outros folgaram, mas ainda era insuficiente pela idade dele, 22 anos. Na hora que ele quiser, vai embora. Mas não pode chegar aos 30 anos e tentar recuperar o que deixou lá para trás.

L! - Por que garotos talentosos como era ou como é o Celsinho não conseguem dar prosseguimento à carreira?
Talvez seja traço de personalidade, às vezes pode ser má companhia... Mas jogador é malandro, sabe o que é bom, o que é ruim, certo e errado, quando fazem é porque querem fazer mesmo. Talvez seja o problema social, o cara não tem nada na vida e, de repente, tem tudo para comprar o melhor carro, vai querer a mulher bonita, não é um caso esporádico. Ele tinha dado uma melhora, mas não sei por que pediu para sair. Onde ele está hoje?

L! - Não joga desde que saiu da Portuguesa, em julho.
Pois é, não joga desde julho. Não joga, não treina, engorda... E quando chegar ao clube, está morto em campo. Se eu cruzar com ele de novo, vou tentar mais uma vez recuperá-lo. Porque se ele conseguir, é um belíssimo jogador e eu sei que vai me dar retorno em campo.

QUEM É ELE?
Nome: Celso Luís Honorato Júnior
Posição: Meia-atacante
Idade: 22 anos. Nasceu em 25 de agosto de 1988, em Americana (SP)
Altura: 1,74 metro
Peso: O ideal, segundo ele, é 75kg. Afirma que chegou a pesar 92kg, em Portugal, quando admite que “exagerou” na noite.
Clubes: Passou dois anos nas categorias de base do São Paulo. Profissionalizou-se na Portuguesa (2005/2006). Depois passou por Lokomotiv-RUS (2006/2007), Sporting-POR (2007), Estrela da Amadora-POR (2008/2009), Portuguesa (2010), e está sem clube desde julho de 2010.
Na Seleção: Foi convocado para a sub-17 e a sub-20. Foi vendido por R$ 16,5 milhões em 2006.
A derrocada: Afirma que não tem sequência de jogos desde meados de 2009, quando foi emprestado ao Estrela da Amadora.

Infância roubada! O assédio prematuro em jovens jogadores

Em 14/12/2010, o diário "O Lance" do Rio de Janeiro, publicou esta matéria do jornalista Alexandre Lozetti, sobre o tratamento dado atualmente aos jovens atletas. A pressão, o assédio moral e financeiro, nos levam à pensar se realmente tudo isso vale a pena. Abaixo transcrevo na íntegra. 


Caio é agenciado pela Traffic desde os 12 anos (Créd.: Arquivo Pessoal)


A família do jovem Caio Rangel da Silva busca sossego. Não está fácil.
O atacante de 14 anos, atualmente no Flamengo, mora com os pais Roberto e Adenilda no Complexo do Alemão, invadido no fim de novembro pela Polícia Militar, ação do combate à violência no Rio de Janeiro.
Além dos tiros, o telefone não dá paz à família. São agentes com cifrões nos olhos e ofertas tentadoras para cuidar da carreira do jogador.
– É horrível, eu queria que parassem de ligar. O Eduardo Uram (empresário de vários jogadores no Flamengo) insiste, o Rodrigo Pitta é outro. Eles oferecem dinheiro, chuteira, eu mando falar com meus pais.
Eles chegaram tarde. Caio, desde os 12 anos, tem a carreira administrada pela Traffic Talentos, braço do fundo de investimento destinado à essa função. Também possui procurador: Marcelo Bastos, da empresa BRFoot, que paga o tratamento para dar massa muscular ao garoto, entre outros tipos de auxílio aos seus pais.
Caio tem sido convocado com frequência para a Seleção Brasileira Sub-14. Seu caso exemplifica a mina de ouro em que se transformaram os adolescentes no futebol do país, disputados por clubes, inclusive do exterior, empresários e investidores.
Para preservá-lo, os pais apostam na educação. A mãe até voltou a estudar como forma de apoio ao filho, que vai à escola toda noite. Nas manhãs, são mais de duas horas até Vargem Grande, onde treina a equipe de sua categoria: infantil (sub-15).
Caio recebe uma ajuda de custo de R$ 250 mensais do Rubro-Negro. Família e empresário reclamam que desde a saída de Zico, o valor não tem sido pago. Versão negada pelo Fla.
– Não tem nada a ver com o Zico. Atrasou dois meses, mas continua normalmente – garantiu Carlos Noval, diretor das categorias de base.
O dinheiro é importante, já que o mesmo valor é desembolsado para pagar o transporte que leva Caio diariamente para os treinos de manhã.
Assédio parecido sofre Paulinho, lateral do Corinthians e seu parceiro na Seleção. O garoto se mudou, em 2007, do Maranhão para o Santos. Sem prestígio com o treinador e vendo colegas receberem até R$ 10 mil por mês, enquanto ganhava R$ 400, decidiu tentar a sorte no Timão. Hoje, sem empresário, recebe R$ 500.
– O pessoal (agentes) joga conversa fora, eles querem ver se estamos no desespero. Mas não corro atrás, quando a mercadoria é oferecida perde valor – revelou Ednílton, em referência ao seu filho Paulinho.
Cada vez mais "mercadorias", os jovens têm a infância roubada e se tornam fonte de lucro alheio.

Cada um defende o seu lado:

Atletas

Só querem paz para jogar bola. Empurram as decisões, sobre ter ou não empresários, mudar ou não de clube, para os pais. Os que já são agenciados ressaltam ajuda na administração da carreira e na elaboração de contratos com marcas pessoais.

Família

Em sua maioria de origem carente, tenta proteger os filhos e ouve quase todas as ofertas de uma vida melhor. Reclama da diferença que alguns clubes fazem entre atletas nas categorias de base e escolhe empresários para que alguém profissional defenda o filho.

Agentes

Defendem-se dizendo que são importantes ao fazer o primeiro contrato profissional para que o jogador tenha alguma parte de seus direitos econômicos, e não fique tudo para o clube. Além de suporte estrutural para a família e boas relações com clubes de fora.

Fundos

Os investidores também se julgam decisivos para a carreira dos jovens, pois negociam aspectos que transcendem as quatro linhas, como direitos de imagem e exposição na mídia. Há também parcerias com diversos clubes estrangeiros: portas abertas.

Clubes

Custeiam a formação dos atletas desde crianças e não têm, até os 16 anos, nenhuma garantia de que entrarão em campo no time principal. Reclamam que a lei os deixa de mãos atadas diante do assédio financeiro que vem do exterior e dos investidores.



Bate-Bola com Caio



Em entrevista ao LANCE!



‘Sonho jogar na Europa, mas quero amadurecer’



L!: Como a Traffic descobriu você e começou a trabalhar contigo?
Caio: Eu comecei no salão, no Pavunense. Fui para o Olaria e começaram a me ver, procurar. Ofereceram chuteira, tudo que eu precisasse. Fui para o Flamengo e estou com eles até hoje.

L!: E por que mesmo assim ainda continuam assediando você?
C: Não entendo também. As coisas mudam muito, faço o meu e chega um monte de gente falando comigo. O Eduardo Uram (empresário) não para de ligar. Minha mãe diz que o contrato não acabou ainda. É horrível.

L!: Você tem um patrocinador pessoal? Quanto recebe?
C: Eles me dão R$ 3 mil em relógios, chuteiras... E um bônus em dinheiro se eu for campeão.

L!: O que faz com o dinheiro?
C: Já ajudei muito minha família, que é humilde. Nem penso muito em mim. Se não fossem eles e Deus eu não seria nada. Já ganhei muitas coisas e dou para minha irmã (Karoline, de 17 anos). Ela fica toda boba, diz que me ama e que eu vou esquecer dela depois que virar jogador.

L!: Qual é o seu sonho?
C: Jogar na Europa ao lado do Messi. Só Ronaldinho é melhor, ele e Neymar. São meus ídolos.

L!: Caso tivesse uma proposta hoje, você iria para a Europa?
C: Ficaria na dúvida. Preferia amadurecer aqui porque lá só tem “maluco” bom. Preciso ir com mais força e experiência.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Equipes 2011, finalmente estrearão.

Após o fiasco proporcionado pelas equipes da Casa dos Poveiros, que nos convidaram para jogar amistosos em sua casa e simplesmente não apareceram para as partidas em 30/01, nossos times para o ano de 2011 finalmente terão seus primeiros desafios.

No próximo sábado, 12/2, à partir das 12:00hs, nossas equipes Fraldinha, Pré-mirim, Mirim e Infantil enfrentarão nossos amigos do Sparta-Providência em jogos preparatórios para a temporada 2011, que terá início em Março.

Será uma excelente oportunidade para observarmos as novas formações, com novos atletas e outros que subiram de categoria. Os adversários são extremamente fortes e os jogos prometem muitas emoções e gols.

Compareçam. Apoiem. Contamos com sua presença.

Amizade eterna