Quando li essa cronica do Benjamin Back no diário "O Lance" de hoje, parei pra pensar e vi que muitos garotos que convivem conosco (no C.R.B.P. e também em nossos adversários) estão passando por uma situação parecida. Infelizmente, são os exemplos que vem da mídia. Transcrevo a coluna aqui na íntegra, para que, juntos, comissão técnica, atletas e pais, possamos refletir, não sobre nossos futuros atletas e sim, sobre nossos futuros cidadãos brasileiros:
O Futebol virou emo!
Sim, suas palavras foram duras, repercutiram o Brasil inteiro e com certeza soaram como um alerta para essa molecada que deseja se tornar jogador de futebol profissional.
Talvez o termo “monstro” seja pesado demais, no entanto, é preocupante ver o comportamento e principalmente ouvir o que a maioria desses garotos tem para falar, ou melhor, o que eles não tem para falar!
Claro que é preciso entender que são apenas jovens de 15, 16, 17 anos, mas, o nível de futilidade que demonstram é preocupante!Com certeza eles devem copiar seus ídolos e enxergam neles o seu futuro, porém, está na hora dos profissionais que atuam nas categorias de base começarem a agir e orientar na educação e na carreira desses futuros atletas, coisas que os pais também tem a obrigação de fazer , no entanto, é dentro dos clubes que eles passam a maior parte do tempo e é lá que eles ouvem, aprendem e absorvem tudo.
Chega a ser ridículo ver um adolescente se portar como um pop star porque ele apenas treina num São Paulo, Internacional, Corinthians ou qualquer outro grande time. Eles falam e agem como se fossem jogadores consagrados, possuem assessores de imprensa, para que não sei, empresários, alguns já são bajulados por oportunistas que plantam agora para colher amanhã, enfim, dá medo dessa geração fútil e vazia que irá pintar por aí nos próximos anos!
E se por acaso você cair no meio de uma roda de conversa desses projetos de jogador e não saber do que se trata, talvez dê para imaginar qualquer coisa, menos que eles poderão ser profissionais do futebol. Outro dia estava conversando com um garoto que atua num desses “subs” da vida e realmente o teor da conversa era suportável por talvez 5 segundos.
São os cremes da Victoria Secret, a depilação nas pernas para que os músculos realcem nas fotografias, as correntes de prata com a inicial do nome gigante, o camarote vip para o show do Luan Santana, o novo som de algum funkeiro carioca, a marca da cueca que tem que aparecer para fora da calça, a nova camiseta roxa com rosa da Armani, o cabelo que precisa de escova progressiva, os dois gols que eles fez na “carreira” e que só podem ser vistos no Youtube, e por aí vai…
Repito, certas coisas fazem parte da idade, o problema é que os anos passam e o vazio continua…Pois é, uma pena que a maioria dos jogadores de futebol não sabem da força e do poder que eles tem, enquanto isso, a linha de produção continua a fabricar bonequinhos que se comportam e se vestem todos iguais.
A continuar assim, em breve até o Justin Bieber poderá tentar uma carreira dentro dos gramados…"
Pois é amigos, quem de nós, que trabalhamos com futebol, não conhece um(s) menino(s) com este comportamento? Podemos mudar essa história? Vamos refletir...
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