Alex, do Botafogo F.R., um dos destaques da rodada de final de semana do Campeonato Brasileiro, começou no Futsal e é mais um belo exemplo para todos aqui. Ele contou sua história ao Jornal O Lance, que transcrevemos abaixo:
Alex: ex-goleiro vira artilheiro no Botafogo
Antes de começar a se destacar pelo Alvinegro fazendo gols, atacante tentou evitá-los no início de carreira
Marcelo Benevides e Raphael Bózeo
Publicada em 15/08/2011 às 07:18
Rio de Janeiro (RJ)
Aos 8 anos de idade, Alex já pensava em agarrar uma chance no futebol. Literalmente. O pequeno menino dava os primeiros passos na carreira como goleiro de futsal do Botafogo. Era o início da trajetória do atleta, criado em São Gonçalo, Zona Metropolitana do Rio.
Com um par de tênis e luvas em punho, Alex carregava na mochila o sonho de se tornar um profissional da bola. O futsal foi o primeiro estágio, mas num lugar bem distante do qual está acostumado a atuar nos dias de hoje. A posição de goleiro foi a solução encontrada na época, já que não havia muitos pretendentes.
– Ninguém queria ser goleiro. Como eu chutava bem, o treinador achou que eu podia fazer a função – explicou Alex.
A carreira embaixo das traves teve vida curta. Um lance fatal durante um jogo determinou o fim da linha do jogador no gol.
– Eu ia sempre no meio da quadra chutar. Numa dessas, fui expulso, porque eu tentei tirar a bola com a mão fora da área. Lembro que chorei bastante. Depois disso, passei a jogar na linha – contou ele.
Depois de se aventurar como goleiro, Alex seguiu no futsal até os 17 anos, passando por times tradicionais do esporte, como Tio Sam e Canto do Rio, além do Fluminense. Já no campo, aos 18, o CFZ foi a última parada até a volta ao Botafogo, em 2009. A comissão técnica considera que esta experiência fora dos gramados só tem a acrescentar na carreira do promissor atacante.
Bate-Bola
Alex
Em entrevista exclusiva ao Lance!
Normalmente, um jogador sai do futsal bem cedo. Você ficou no esporte até chegar aos juniores. Como foi essa adaptação?
Foi difícil. Eu era franzino. A minha sorte foi o pessoal do CFZ, que me acolheu muito bem. Levei três meses me dedicando apenas à adaptação ao campo.
O que a experiência no futsal acrescentou ao seu estilo de jogo?
Faço bem o pivô, o giro rápido. Costumo dar aquele toque rápido na bola, já preparando para chutar para o gol. Tudo o que eu vivi antes de chegar ao campo, me ajudou muito. Hoje, posso dizer que estou preparado.
E como foi começar a carreira como goleiro?
Era o que dava (risos). Mas, mesmo como goleiro, fui vice-artilheiro do time. Já fazia muitos gols.
Como é disputar posição com jogadores considerados ídolos?
O Herrera e o Loco Abreu têm a confiança de todos. Eu encaro com paciência. Sei que vou ter a minha chance. Se eu ficar pensando que há jogadores consagrados na minha posição, vou perder o foco. Mas eu vou lutar pelo meu espaço.
Afinal, é Alex ou Alexssander?
As pessoas têm me chamado de Alexssander, por ser diferente. Mas eu prefiro Alex. É mais simples.
Nenhum comentário:
Postar um comentário